quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Dor esmaga o peito de um jeito que não se sabe o porquê daquele movimento intramuscular que lhe tira o ar sagrado dos céus. 

Vai de um ponto ao outro dentro da caixa toráxica vibrante de sangue ... dizem que pode enfartar, outros, que deixam sequelas... mas vai saber o que os mistérios de um impacto cardíaco podem fazer ao corpo que insiste em ter células que se matam e nascem a todo instante.

Um dia fiz a pergunta (enfadonha) da maioria dos mortais: - Por que vivemos? ... e mais outra:  - Para onde iremos após a morte?

Perguntas naturais de moribundo ou com a ponta do pé quase lá fora dessa vida... ou, ainda, quando se tem medo de olhar o futuro que, por si só,  já é incerto.

Alguém consegue conviver plenamente feliz com o incerto? Ou aprendemos a não pensar no tal futuro?

Então  a dor resolveu dar uma pausa... em alguns anos...  e resolveu viver na incerteza.